Lady Gaga
- Luis Paulo
- 4 de mai.
- 1 min de leitura
A escrita autobiográfica é a maneira que encontrei de tentar recordar daquilo que gosto, quando uma só imagem não consegue. Vamos lá, escrevendo para mim mesmo: você se lembra daquele menino que não se encaixava em grupos, que não achava semelhantes e um dia, 19 de outubro de 2009, com 17 anos, você viu um videoclipe de uma cantora diferente, que falava sobre formas diversas de amor, ela te cativou e te mostrou que é tudo bem ser diferente. Nesse dia, sendo um dos primeiros 300 a ver o clip no YouTube, numa velocidade péssima de Internet, você entendeu um pouco seu lugar no mundo, você não estava só. Nesse dia, com um verso em língua francesa ela fez você amar o idioma e hoje você o domina. Nesse dia, eu me pertenci. E lá nos confins do interior de Minas, houve felicidade. Muitos anos se passaram, ela evoluiu, você também. Você foi ao show gratuito dela, no dia 03 de novembro de 2025, chegou sozinho, viu alguém com um brilho nos olhos que te laçou e vocês dois curtiram músicas que passaram por gerações. Estar lá, sentir aquela diversidade de pessoas, sentir aquele amor de você criança por ela e por você mesmo te fez ter fé novamente. Vontade de continuar. Vontade de melhorar. Não gosto de dizer que algo é indescritível, pois tão vasto e esbelto é o Português que é possível sim descrever. Pertencimento. União. Expectativas. Lady Gaga.
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